Acadêmicos expõe trabalhos no 2º simpósio de pesquisas e projetos experimentais em jornalismo

Por Miguel Rodrigues Netto – Jornalista Tangará da Serra

Nesta semana acadêmicos de jornalismo estão tendo a oportunidade de expor ao público o resultado de suas pesquisas experimentais. Faz parte da programação da II Semana de Jornalismo o “2º Simpósio de pesquisas e projetos experimentais em jornalismo” e nesta edição as exposições foram realizadas na quarta-feira, 22 de junho no formato online sob mediação das professoras Nealla Valentim Machado e Lilian Juliana Martins. Confira os resumos e temáticas de pesquisa apresentados.

Crise Energética – A Cobertura do Jornal Nacional em 2021 – Acadêmico José Henrique Kautzmann de Jesus: No ano de 2021, além de uma crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus e os impactos da COVID-19, o Brasil enfrentou problemas econômicos, com a inflação fechando em 10,06%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além do alto índice de desemprego e a desaceleração da economia. Em meio a todos esses problemas, o país também passou a viver uma crise energética no seu Sistema de Operação Nacional, provocada pela escassez de chuvas e, consequentemente, a redução da vazão dos rios e volume das represas. De acordo com o governo, foi a maior crise hídrica em 91 anos, com o menor índice de chuvas. Desta forma, verificou-se a necessidade de observar o tema, dada a importância do planejamento e da conservação dos recursos hídricos no país, levando-se em consideração os impactos ambientais causados pelas ações de desmatamento e degradação ambiental, que provocam mudanças climáticas e alterações nos ciclos de chuvas.

Movimentos Sociais, feminismo interseccional e cultura participativa: Uma análise da série “Sex and The City” – Acadêmica Sabrina de Sandro Ventresqui Guedes Nery: “Sex and The City” é um programa de TV adaptado por Darren Star, a partir do livro da jornalista Candice Bushnell, onde conta suas aventuras na alta sociedade novaiorquina. Protagonizada por quatro mulheres, Sarah Jessica Parker (Carrie Bradshaw), Cynthia Nixon (Miranda Hobbes), Kristin Davis (Charlotte York) e Kim Cattrall (Samantha Jones), a série foi um sucesso entre o público e uma das pioneiras a falar sobre problemáticas femininas, que até então eram consideradas tabus pela sociedade da época. Mas, o quarteto era composto de mulheres cisgênero, brancas, cosmopolitas, ricas e bem conectadas em uma das metrópoles mais famosas do mundo.

Garapa com notícia: um podcast informativo para os feirantes de Tangará da Serra – Acadêmicos Anthonielli Oldemburg Nardes e Yanny Cardozo Leite de Castro: A primeira feira em Tangará da Serra, em Mato Grosso, surgiu antes mesmo da emancipação política do município, era a chamada Feira de Amostras, que ocorreu entre os anos 1967 e 1972. Como o próprio nome sugere, o evento era realizado para expor produtos cultivados por agricultores da região, e dessa forma, demonstrar a qualidade do solo para a agricultura. Era comum, por exemplo, encontrar verduras de tamanhos exuberantes, que fugissem do comum. Já a tradicional Feira do Produtor dos dias atuais, se popularizou a partir da década de 1990. O último levantamento feito pela Associação dos Feirantes de Tangará da Serra, apontou que 300 feirantes atuam no local. Além do comércio de variedades em hortifrutigranjeiros, direto da produção do pequeno agricultor familiar, a feira também é um ponto turístico do município, e atrai fregueses e visitantes de outras cidades do estado. Parte da cultura do município, a feira é um local de encontro para muitas pessoas.

Reformulação Midiática durante a pandemia: intensificação do auditório virtual na televisão aberta – Acadêmico Wellington Dorilêo Inhamu: Como os programas de auditório se adequaram e reformularam a participação do público durante o período da pandemia de Covid-19? Realizar estudo e expandir uma discussão sobre a reformulação midiática em programas de entretenimento em período de pandemia do Covid-19, referente à participação interativa do público enquanto plateia virtual. A ideia de abordar o tema surgiu assistindo ao The Voice Kids 2020, recém voltado a ser transmitido nessa nova modalidade de participação do público, o virtual; no momento em que aparece ao fundo dos jurados a “plateia”; não como pessoas, mas como sombras e luzes de pessoas, como se fossem avatares, com recursos sonoros, como gritos, aplausos, etc.

A Língua de Mariano: Rondon um visionário da Comunicação – Acadêmica Patricia Borges: Este trabalho de monografia visou apresentar como Marechal Rondon em sua empreita expansionista levando o telégrafo, outrora considerado a internet da época, foi um meio de comunicação essencial para firmar o projeto do início do século passado na transição do Brasil à Império-República. Na integração do Brasil ao “mundo civilizado” vislumbrar a imagem de Marechal Rondon além da perspectiva militar, política e indianista, para uma faceta do grande propulsor comunicacional pelo seu esforço incansável em implantar o telégrafo para transformar regiões geográficas em uma nação.

Transplante Renal: um documentário audivisual sobre o tema. Acadêmica Yesa Maria Ferreira de Carvalho: A doença Renal Crônica (DRC) é uma das doenças que atacam o rim com mais frequência e de forma grave. Trata-se de uma doença cada vez mais comum e está associada a uma alta taxa de mortalidade, segundo o Ministério da Saúde. O estágio final da Doença Renal Crônica (DRC) é conhecido como Insuficiência Renal Crônica. Quando o paciente chega ao estágio final da doença, é preciso realizar hemodiálise ou transplante renal. Justifica-se o presente estudo com o intuito de levar a informação aos pacientes portadores de doença renal crônica em terapia substitutiva renal, a respeito do transplante e os benefícios dessa opção de tratamento na saúde do paciente.

O jornalismo como ferramenta da visibilidade LGBT+: uma análise do site Leiagora – Acadêmico Pedro Henrique Alves Miranda: O Leiagora é uma plataforma desenvolvida por jornalistas de Mato Grosso, e sua redação é localizada na capital Cuiabá. O site está no ar desde 2018, e tem ganhado espaço entre as grandes páginas jornalísticas do Estado. Este trabalho visa analisar sobre a visibilidade da comunidade LGBT+, utilizando como objeto de estudo o conteúdo jornalístico do site Leiagora. A pesquisa busca entender o quanto as demandas e pautas desta população estão presentes nas notícias veiculadas pela plataforma, além de verificar o teor das publicações, o tipo de visibilidade e qual grupo identitário da comunidade possui maior ênfase.