O I Encontro de Cafeicultores de Tangará da Serra e Região (ENCAFE) reuniu no dia 21, na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Tangará da Serra, interessados em dialogar sobre a produção cafeeira na região. A iniciativa surgiu através de uma atividade realizada por alunos do projeto de Ensino e Extensão “Café com Pesquisa”, do curso de administração.

Segundo a coordenadora do Café com Pesquisa, Regina Maria da Costa, o evento é resultado de parcerias entre universidade e outras instituições, como Secretaria de Agricultura do município e Empaer (Empresa Matogrossense de Pesquisa e Assistência e Extensão Rural). “Nós unimos o útil ao agradável. Queríamos pôr em prática os conhecimentos teóricos e eles têm a necessidade de fomentar a cultura cafeeira na região”, esclareceu.

Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de café em Mato Grosso cresceu 13,9% em 2018. Entre os 10 municípios que mais produziram, Tangará da Serra se destaca. Segundo o vice-prefeito da cidade, Renato Gouveia, é essencial apoiar eventos como o ENCAFE. “É importante por que é uma maneira de mostrar como é que está nosso plantio de café, a qualidade da nossa indústria, que exporta seus produtos para outros municípios e estado”, declara.

Outra responsável por grande parte da produção cafeeira regional é a agricultura familiar. O superintendente da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf-MT), Jorge Luis de Lima, aborda algumas dificuldades encontradas pelos pequenos produtores ao produzir. “A questão fiscal e tributária é um desafio nosso, a agricultura familiar ainda é tributada”. Além disso, ele ressalta outros desafios. “A questão da comercialização é um dos maiores gargalos que a gente tem”, declara.

Gilberto Alves é morador do Assentamento Bezerro Vermelho, onde produz inicialmente café em sua chácara. Ele revela que as carências do lugar o impedem de desenvolver sua plantação. “Não deu sucesso nenhum devido à falta de assistência técnica e falta de água para irrigar. Não tem até hoje um sistema que possa ajudar nessa situação”, reclama. Apesar das dificuldades, ele não desistiu. Esteve presente no ENCAFE e participou de palestras e oficinas, onde recebeu orientações de profissionais.

 

Redação: Nathali Luize Malaco / Unemat Ciência